domingo, 28 de setembro de 2008

O NASCIMENTO


Santa Rita nasceu em 1931, num pequeno povoado chamado Roccaporena, a 5 km de Cássia, bem no alto do montes Apeninos, na província da Úmbria, mesma província de outros santos como São Francisco de Assis, São Bento e Santa Clara.
Seus pais Antonio Lotti e Amata Ferri eram conhecidos como “Pacificadores de Cristo”
e gostavam muito de ajudar os mais necessitados, para sua total felicidade faltava-lhes um filho. Sua mãe Amata já estava com idade avançada, quando, segundo a história, um anjo apareceu a ela e lhe revelou que daria à luz uma menina que seria a admiração de todos e uma escolhida por Deus para manifestar os seus prodígios. O nome de Rita, diminutivo de Margherita, foi revelado pelo anjo, com o qual a Santa se tornou conhecida para sempre.
Um dia seus pais a levaram ao trabalho e ela foi envolvida por um grande enxame de abelhas que entravam em sua boca e depositavam mel sem ferroá-la. Um lavrador que se feriu e passava em busca de atendimento, parou e agitou as mãos para livrar a criança das abelhas. Nesse instante o ferimento parar de sangrar e fechou.

O CASAMENTO




Rita se casou com Paolo di Ferdinando Mancini, descrito como um homem pervertido, de caráter feroz e sem temor a Deus, que seria capaz de provocar um verdadeiro escândalo se Rita e seus pais não aceitassem esse casamento. Assim, Rita se viu obrigada a se casar. Viveu por 18 anos com seu esposo! Injuriada sem motivo, não tinha uma palavra de ressentimento; espancada, não se queixava e era tão obediente que nem à Igreja ia sem a permissão de seu brutal marido. A mansidão, a docilidade e prudência da esposa, porém, suavizaram aquela rude impetuosidade, conseguindo transformar em manso cordeiro aquele leão furioso. Fernando não pôde resistir a tanta abnegação e mudou completamente de vida, tornando-se um marido respeitoso. Rita sentia-se muito feliz por ver o seu marido convertido ao bom caminho. Sentia-se feliz por educar nos princípios da religião os dois filhinhos que o céu lhe dera: Giovanni Tiago e Paolo Maria. Mas durou pouco tempo aquela felicidade de santa esposa e mãe! Quando menos esperava, seu marido foi ferozmente assassinado pelos inimigos que fez em sua vida de violência. Rita tomou todas as providências para um sepultamento digno para seu marido. Praticou, ainda, o supremo ato de perdoar os seus assassinos. Refeita da dor causada pela morte do marido, concentrou toda sua atenção e solicitude em seus dois filhos. A mãe atenta percebia que os dois jovens apresentavam sintomas de desejos de vingança. Quando se viu em tal situação, ela tomou uma resolução heróica e pediu a Jesus Crucificado que levasse os seus filhos inocentes, se fosse humanamente impossível evitar que se tornassem criminosos. Um após outro, caíram doentes os meninos e Rita os tratou com o máximo cuidado, velando para que nada lhes faltasse, procurando todos os remédios necessários para lhes conservar a vida. Sabia que era seu dever socorrê-los e queria cumprir generosamente esse dever. Os meninos morreram, com pequeno intervalo, um após o outro, cerca de um ano depois da morte de seu pai. Rita depositou os corpos de seus filhos ao lado de seu marido e ficou só no mundo; só, mas com seu Deus.

SUA ENTRADA NO CONVENTO


Desligada dos laços do matrimônio e dos cuidados maternais pela morte do esposo e filhos, Rita passou a se dedicar com afinco à prática das virtudes, às obras de caridade e à oração. Quando ia à cidade, ao passar diante das portas dos mosteiros onde teria podido servir a Deus com todas as suas forças, parecia-lhe que uma força interior e poderosa a atraía. Rita encorajou-se e resolveu fazer uma tentativa. Bateu à porta do convento das agostinianas de Santa Maria Madalena, às quais ela tinha profunda admiração pela devoção que tinha a Santo Agostinho e por ter sido Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, seu modelo nos diversos estados de vida e tão parecida com ela no sofrimento. Expôs à superiora do convento o seu ardente desejo. Seu aspecto humilde e piedoso causou excelente impressão na religiosa; mas o convento, que somente recebia jovens solteiras, jamais havia aberto suas portas a uma viúva, e a pobre mulher se viu rejeitada. Voltou às suas orações e boas obras e, tendo retomado a confiança, voltou ainda por duas vezes à porta do mosteiro de Santa Maria Madalena, sofrendo duas novas rejeições.
Rita se abandonou à vontade de Deus, recomendando-se mais do que nunca a seus santos protetores. Quando Deus a viu perfeitamente resignada e confiante, teve compaixão dela e, uma noite, quando estava em oração, ouviu chamar: "Rita! Rita!". Ela não viu ninguém e, pensando ter se enganado, voltou às suas orações. Mas, pouco depois, ouviu novamente: "Rita! Rita!". Levantando-se, abriu a porta e foi à rua. Eram 3 homens e Rita não tardou a reconhecê-los: eram seus protetores São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino, que a convidaram para segui-los. Em êxtase, como num sonho, ela os seguiu e logo estava em Cássia, diante do convento de Santa Maria Madalena. As religiosas dormiam e a porta estava bem trancada. Era impossível abri-la por meios humanos, mas os santos que Deus enviara para acompanhá-la fizeram com que ela se encontrasse no interior do mosteiro. Quando as religiosas desceram para se reunir no coro, ficaram estupefatas ao encontrar a santa mulher que tinha sido insistentemente rejeitada. Como entrara ela, se o mosteiro estava completamente fechado e não havia sinal algum de abertura ou arrombamento?
As freiras ficaram impressionadas com o relato que Rita fez do acontecido e, diante de um milagre tão estupendo, reconheceram os desígnios de Deus e admitiram jubilosas em sua companhia aquela criatura mais angelical que humana.

A VIDA RELIGIOSA

A primeira coisa que Rita fez, ao ser admitida no convento, foi repartir entre os pobres todos os bens que possuía. Para colocar à prova a obediência da noviça, a superiora do convento ordenou-lhe que regasse de manhã e à tarde um ramo de videira ressequido e já destinado ao fogo. Rita não ofereceu dificuldade alguma e, de manhã e de tarde, com admirável simplicidade, cumpria essa tarefa. Um belo dia, as irmãs se assombraram: a vida reapareceu naquele galho ressequido, surgiram brotos, apareceram folhas e uma bela videira se desenvolveu, dando a seu tempo deliciosas uvas.
Em 1443, veio a Cássia para pregar a Quaresma, São Tiago de La Marca. O sermão da paixão de Nosso Senhor sensibilizou profundamente Rita. Ao voltar ao convento, prostrou-se diante da imagem do crucifixo que se achava em uma capela interior, e suplicou ardentemente a Jesus que lhe concedesse participar de suas dores. E eis que um espinho se destacou da coroa do crucifixo, veio a ela e entrou tão profundamente em sua testa que a fez cair desmaiada e quase agonizante. Quando voltou a si, a ferida lá estava, atestando o doloroso prodígio.
A chaga de Rita se converteu numa ferida purulenta e fétida, de maneira que, para não empestear a casa, teve de ser recolhida a uma cela distante, onde uma religiosa lhe levava o necessário para viver. Ela suportou a ferida durante 15 anos. Em 1450 foi celebrado o jubileu em toda a Cristandade e como algumas irmãs estavam se preparando para ir a Roma, Rita manifestou um ardente desejo de acompanhá-las, mas seu estado de saúde estava se agravando devido a ferida que o espinho havia deixado em sua testa. As irmãs acharam que Rita não deveria ir, mas ela pedindo a Deus para a ferida desaparecer, foi mais uma vez atendida e conseguiu acompanhar as irmãs a Roma, com grande proveito para sua alma. Mas logo que voltou da viagem a ferida reapareceu e também uma enfermidade incurável que lhe causava um grande sofrimento. Em meio as dores, ela conservava a alegria do espírito e um sorriso encantador que brilhava em seu rosto.

A MORTE DE SANTA RITA


Aos 76 anos de idade e 40 de vida religiosa, faleceu Santa Rita em Cássia, no velho Convento das Agostinianas, no dia 22 de maio de 1457, depois de ter recebido com muita piedade os últimos sacramentos.
A morte de Rita foi acompanhada de muitos milagres. Na cela onde ela faleceu, apareceu uma luz de grande esplendor e um perfume especial se fez sentir em todo o mosteiro, e a ferida do espinho, antes de aspecto repugnante tornou-se brilhante, limpa, cor de rubi. Centenas de pessoas compareciam ao convento para ver a "Santa", cujo cadáver ficou em exposição além do tempo legal. As freiras trataram de sepultar o corpo da Santa, mas eis que a providência de Deus fez com que em toda a cidade não se achasse mais que um carpinteiro, e este tão doente que estava não podia pegar nas ferramentas. - Que a Santa me cure - disse ele, e eu farei o caixão.
De fato, Francesco Barbari sentiu-se repentinamente curado e cumpriu a sua promessa.
As irmãs entoavam hinos de agradecimento a Deus por ter exaltado no céu e na terra sua serva. Rita foi venerada como santa imediatamentre após a sua morte, como atestam o sarcófago e o Códex Miraculorum, documentos de 1457 e 1462. Seus ossos, desde 18 de maio de 1947, repousam no Santuário, na urna de prata e cristal fabricada em 1930.
Quase 550 anos se passaram desde que a alma de Rita deixou de animar aquele corpo; não obstante, o poder de Deus ainda o conserva. As vestes que lhe serviam de mortalha estão tão perfeitas como no dia em que a envolveram.

BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO

O culto à bem aventurada da vila de Cássia rapidamente se estendeu pela Itália, Portugal e Espanha, onde devido aos milagres obtidos por sua intercessão o povo lhe deu o nome de "Santa das causas impossíveis". O papa Urbano 8º, então bispo de Espoleto, a cuja diocese pertence Cássia, presenciou vários milagres. Assim que foi elevado à cátedra de São Pedro, mandou iniciar o processo de beatificação. Em 1627 aprovou a reza e missa em honra da Santa. Muitos contratempos fizeram com que se protelasse a canonização, que só aos 24 de Maio de 1900 se realizou sob o pontificado de Leão 13. Contudo, já em 1577 se erguia em Cássia uma igreja à Santa das causa desesperadas e impossíveis.
O Brasil não foi das últimas nações em cultuá-la, pois a atual matriz de Santa Rita da arquidiocese do Rio de Janeiro, data da era remota de 1724

ALGUMAS PARÓQUIAS DE SANTA RITA NO BRASIL


Santuário de Santa Rita de Cássia
Rua Potiguaras, 392
Cascavel - Paraná
Tel: (45)9122-8983
www.santaritadecassia.xpg.com.br

Paróquia Santa Rita de Cássia
R. Bartolomeu de Gusmão, 333 - Vila Santana
CEP: 18080-050 – Sorocaba – SP
Tel: (15)3231-3304
www.paroquiasantarita.com.br/

Paróquia Santa Rita de Cássia
Quadra 04 Conjunto E Lote 41 - SRL
CEP: 73350-350 - Planaltina - DF
Tel: (61) 3389-4090
E-mail: paroquia@santaritadf.org.br

Paróquia Santa Rita de Cássia
Rua Monte Castelo, 132
Montes Claros, MG
Tel: (38) 3222-3781

Paróquia Santa Rita de Cássia
Rua Inácia Uchôa, 106 Vila Mariana
CEP: 04110-020 - São Paulo - SP
Tel: (011) 5573-9205

Paróquia Santa Rita de Cássia
Rua dos Agostinianos, 88
CEP: 15080-180 - S. José do Rio Preto – SP
Tel: (017) 3227-0524 / 3227-2977

PARÓQUIA SANTA RITA DE CÁSSIA
Praça Santa Rita, 177
CEP: 14.660-000 - Sales Oliveira - SP
Tel: (16) 3852-1021

PARÓQUIA SANTA RITA DE CÁSSIA
Rua São Gonçalo 3-45
Bauru - SP
Tel: (11) 3223-5000

Paróquia Santa Rita de Cássia Diocese de Ponta Grossa
Rua República do Peru, 380 - Bairro da Ronda
CEP: 84051500 - Ponta Grossa - PR

Paróquia Santa Rita de Cássia
Rua Fritz Jank, 40 - Parque Novo Mundo
Sao Paulo - SP
Tel: (11) 2631-3732

Paróquia Santa Rita de Cássia
Rua Juarez Távora S/N° - São Caetano
CEP: 45607-410 - Itabuna – BA
Tel: (73) 3617-2722
e-mail: santaritadecassia@ig.com.br

Paróquia Santa Rita de Cássia
Rua Plácido Panachi, 52 - San Francisco
CEP: 13254-280 - Itatiba - SP
Fone: (11) 4534-5559 Fone: (11) 4534-5559